Multiculturalismo
Em tese, a maior parte das sociedades é multicultural, pois dentro delas existem variedades lingüísticas, religiosas, simbólicas, de gêneros, de etnias. Essas variedades, ou especificidades, vão dar origem ao que Hall vai considerar multiculturalismo, visto que, deve haver toda uma estrutura de organização adotada com o objetivo de estar sanando problemas derivados do fato desta sociedade ser multicultural. As pessoas nas suas diversidades vão compor o multiculturalismo.
Assim como existem diferentes sociedades multiculturais, Hall (2003, p. 51) apresenta diversos termos “multiculturalistas” para designar estas sociedades. Há o multiculturalismo conservador, que insiste em manter a maioria como centro de discussões; multiculturalismo liberal, que busca promover a integração dos diversos grupos da sociedade, mas baseando-se em uma cidadania individual e universal; multiculturalismo pluralista, leva em conta as diferenças grupais em termos culturais; o multiculturalismo comercial enfatiza que o reconhecimento das diversidades de distintas comunidades pode constituir a solução dos problemas de diferença cultural sem a necessidade de divisão do poder; o multiculturalismo corporativo sugere comandar as diferenças culturais da minoria, mas mantendo os interesses das classes dominantes e, por fim, o multiculturalismo crítico ou revolucionário que focaliza o poder, o privilégio para a maioria e a hierarquização dos sistemas sociais.