Mulheres
Nunca existiu um mundo sem violência. Violência é sinônimo de dominação, de imposição da vontade daquele que se mostrou superior aos demais. A superioridade pode ser bélica, ideológica ou econômica. Um exemplo é a dominação branca sobre os negros e índios. Os europeus se valeram de uma suposta superioridade – entendiam que eram pessoas enviadas por Deus para levar a civilização aos outros povos – para escravizar os africanos e americanos. Existe também a violência contra a mulher; cujo início não se conhece, mas já está enraizada na sociedade, de tal forma que é bastante difícil erradicá-la.
Pesquisadores como Bachofen e Engels acreditam que a sociedade, tempos atrás, era matriarcal, ou seja, apenas a linhagem materna era importante, afinal, não havia dúvidas de que uma criança era filha de determinada mulher, porém a paternidade não podia ser comprovada. Segundo a mesma teoria, os pais criaram consciência sobre a importância de gerarem descendentes: eles seriam responsáveis pela transmissão de suas características. Foi surgindo, então, a necessidade de controle sobre a mulher, os maridos queriam ter certeza de que o filho gerado pela suas respectivas esposas era de fato seu. Diante disso, se já existia uma opressão sobre a mulher, ela passou a ser mais intensa mais violenta. Dessa forma, as mulheres tinham que ser submissas aos seus maridos.
No Brasil, a colonização realizada pelos portugueses e espanhóis foi responsável pela implantação de uma sociedade patriarcal - em países europeus, via de regra, a sociedade também seguia esses padrões- em que a mulher era reprimida pelo seu marido e tinha muitos deveres e quase nenhum direito. Entretanto, os maridos mantinham relações extraconjugais e nem por isso eram mal vistos pela sociedade, muito pelo contrário, isso era símbolo de masculinidade.
É evidente que muitas coisas mudaram desde o período colonial até os dias de hoje, as mulheres lutaram pelos seus direitos, ingressaram no