A mulher que é mulher
“A Mulher que é Mulher”, essa mulher ninguém mais quer
O homem que é homem, deixa o lar à-toa, o homem que é homem, se a mulher errar, também perdoa?
Na música de Armando Cavalcanti está mais do que claro os rótulos criados pela sociedade a respeito da mulher porque na música como o indivíduo traído é uma mulher, a mesma tem o dever de perdoar o deslize biológico do homem, sexo, porque o homem trai somente por instinto e é da natureza dos provenientes do sexo masculino cometer adultério. Então, a mulher como um dos seres racionais de menos importância entenderia muito bem e perdoaria o seu amado esposo.
A questão é que não se trata de amor, trata-se de rótulos, estes criados por uma sociedade machista em que a mulher tinha/tem que se acostumar a ser traída e aceitar um marido com várias amantes, até porque antigamente ser divorciada seria pior, semelhante ao fim de sua vida social perante os demais. No entanto, essa aversão ao divórcio existe até hoje, pois muitas acreditam nesse rótulo de serem consideradas “divorciadas” e assim, não possuírem as oportunidades de uma “mulher comum”.
Agora como seria se fosse o inverso? A mulher seria perdoada pelo homem caso traísse? Tenho certeza de que na maioria dos casos isso não aconteceria, a mulher além de ser julgada, é tratada com desprezo, algo semelhante ao que se pode chamar de lixo. Trair não é algo digno, nunca foi. Mas o importante disso é o porquê desse tratamento não ser igualitário para os homens, esse deve ser um tema politizado e modificado.
E a mulher que é mulher cuida do lar e das tarefas domésticas. Outro rótulo criado há milhares de anos, lugar de mulher é em casa, no fogão, cuidando do seu marido, esse é outro exemplo de machismo presente na tradição da sociedade brasileira e mundial. E por que o homem não fica em casa cuidando dessas “obrigações domésticas”? A solução é a divisão dessas tarefas para os dois, um ajudando o outro.
As mulheres de