Mulheres tecnicas esportivas
No Brasil, dificilmente vemos uma mulher no comando de uma seleção. Isso se deve a vários fatores, que vem desde os primórdios do esporte e são fundamentados na dita “essência feminina” e na desigualdade (não na diferença) entre os gêneros.
As mulheres tem de fato conquistado seu espaço no cenário esportivo desde o século XIX, mas dentro do país só a partir do inicio do século XX, geralmente atuando em categorias de base de diversas modalidades e áreas recreativas.
Na antiguidade, seja na Grécia ou na Idade média pela Igreja católica, a presença da mulher era vetada em todos os meios esportivos, o que criou uma herança de certo modo machista. Hoje em dia, alem desse machismo herdado, elas sofrem com a desvalorização de seu trabalho e com a vida profissional sobrecarregada pela dupla jornada, já que muitas são ao mesmo tempo donas de casa e as tarefas domesticas não são divididas com o parceiro.
Os dados mostram que mais da metade das mulheres que atuam na área esportiva são solteiras e que na porcentagem que se casa, aproximadamente 60% acaba abandonando sua atividade.
Mas é claro que existem exceções, como no caso da Ex-técnica da Seleção Brasileira Feminina de Basquete Maria Helena Cardoso, que conquistou diversos títulos brasileiros, sul-americanos e mundiais. Maria afirma em um depoimento que o segredo do sucesso está em saber conciliar uma postura mais masculina que se julga necessária para treinar a equipe, e a postura matriarca feminina, unindo os membros do time.
REFERENCIAS
* BERGER, L. Berger; LUCKMANN, Thomas. A Construção Social da Realidade. Petrópolis/RJ: Vozes, 2002.
* Confederação Brasileira de Basketball. Disponível em: http://www.cbb.com.br/competicoes.asp. Acesso em: 28 de maio de 2011.
* FRANZINI, Fábio. "Futebol é 'coisa para macho'? Pequeno esboço para uma história das mulheres no país do futebol". Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 25, nº 50, p. 315-328, 2005.