Metodos cirurgicos de lca
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INTRODUÇÃO O Ligamento Cruzado Anterior (LCA), foi descrito por Galeno em 170 d.C., que definiu o “genu cruciata” como uma estrutura com função de estabilização da articulação do joelho. Mas o interesse por essa estrutura não se manifestou até 1850, quando Stark fez o primeiro relato de um caso de lesão do LCA que foi tratado conservadoramente. Desde então o tratamento da lesão do LCA passou por diferentes fases ao longo da história da cirurgia do joelho. No início o tratamento conservador, com órteses e reforço muscular, era amplamente difundido, principalmente para os casos cujo diagnóstico inicial tivesse sido negligenciado1. Com o desenvolvimento de técnicas de anestesia, assepsia e terapia antibiótica a abordagem cirúrgica do tratamento da lesão do LCA começou a ganhar espaço. Inúmeras técnicas operatórias foram criadas na época, mas a insatisfação com os resultados obtidos fez com que novas técnicas surgissem e fossem posteriormente modificadas. Essa evolução ocorreu devido à ampliação dos conhecimentos da anatomia e biomecânica do joelho, desenvolvimento dos trabalhos experimentais e o surgimento da artroscopia. Atualmente conseguimos diagnosticar mais facilmente as lesões do LCA e eventuais lesões associadas. Pela familiaridade com as técnicas operatórias atuais a abordagem dessas lesões se tornou eminentemente cirúrgica, embora a literatura ainda não apresente um consenso absoluto de quais seriam os pacientes que precisariam ser tratados cirurgicamente. O objetivo deste artigo é mostrar alguns parâmetros que possam ser levados em consideração no momento de decidir qual tratamento deve ser escolhido e apresentar de maneira breve as técnicas mais utilizadas e quais as suas indicações específicas.
SELEÇÃO DOS PACIENTES PARA O TRATAMENTO CIRÚRGICO O LCA é o principal estabilizador da translação anterior da tíbia em relação ao fêmur, função essa auxiliada pelos restritores secundários, ligamentos capsulares e