Mulheres que fazem história em Pernambuco
(Professora: Raldianny Pereira dos Santos – CAC/Decom)
Subprojeto2: Arquivos sindicais de trabalhadoras
(Aluna: Carla Sellan da Silva)
Introdução (fundamentação téorica e justificativa)
Os trabalhadores e trabalhadoras organizadas em movimentos sociais na cidade e no campo, ao longo do tempo, têm dado inúmeras mostras de criatividade, combatividade e capacidade de organização para enfrentar os desafios que as diferentes conjunturas lhes colocam. Constituindo-se enquanto classe a partir de suas experiências e valores, organizações e lutas, conforme Thompson (1987), as classes trabalhadoras têm, na comunicação, um ponto de partida fundamental para se firmarem enquanto sujeitos coletivos: é com a troca de ideias, de informações, é pelo debate e pela argumentação, pelo discurso e pela disputa que vão sendo construídas alternativas de organização e enfrentamento à exploração e opressão vivenciadas no capitalismo. E, sempre que possível, estes sujeitos elaboram algum material escrito: um panfleto de denúncia, um convite para algum encontro, uma rifa para custear algum gasto, nos seus primórdios. Os grupos mais organizados e ativos criam pequenos jornais, quase sempre de periodicidade irregular. Se a entidade é mais estruturada tem seus documentos oficiais, o que se tornou uma exigência para o seu próprio funcionamento, a partir da criação da CLT.
Apesar de não haver, no geral, uma consciência quanto à necessidade de se preservar essa documentação, particularmente aquela que se elabora no dia-a-dia, nas lutas, na relação com a categoria, nos embates entre diferentes correntes que compõem o movimento, algumas lideranças ou organizações mais atentas conseguem recolher e guardar parte do que é produzido pela categoria ou pelo movimento. O que se constitui numa fonte de inestimável valor histórico e que permitiu a formação de alguns acervos importantes para a memória dos movimentos sociais no Brasil.
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