Mulheres na Sala de Aula
O texto de Guacira Lopes Louro é uma apresentação e aprofundamento sobre o assunto das mulheres na sala de aula. Ela inicia sua primeira parte falando principalmente que até 1827 o número de escolas ainda era pequeno, embora, havia certo número de escolas para meninos, maior do que para meninas, fundadas por congregações e ordens religiosas. Ler, escrever e contar era o essencial, mas logo veio separações, geometria para os meninos e bordado para as meninas. Os deputados regulamentaram a lei do ensino das “pedagogias” , o único nível aliás que as meninas teriam acesso. A educação das crianças negras, escravas, se dava pelo excesso de trabalho. Diferentes etnias dos “trabalhadores livres”, imigrantes, lavradores, pequenos operários, teriam consequências nos processos educativos. As habilidades com rendas, agulhas, mando das criadas e habilidades culinárias, fazia parte da educação das moças, para torna-las uma companhia mais agradável para o marido, assim como representá-lo socialmente. A mulher precisaria ser em primeiro lugar a mãe virtuosa, o pilar de sustentação do lar, a educadora das gerações do futuro. Na segunda parte do texto, a autora destaca o assunto do magistério se tornar trabalho da mulher. Em meados do século XX foram abertas instituições para ambos os sexos, embora o regulamento estabelecesse e moças e rapazes estudassem em classes ou até turnos separados. No Brasil, como em muitas outras sociedades entre 1549 a 1579, a atividade docente foi iniciada por homens religiosos, especialmente jesuítas. No entanto, agora as mulheres eram também necessárias, afinal, a classe de meninas deveria ser regidas por senhoras honestas. Ao serem criadas as escolas normais, pouco a pouco foi se percebendo que recebiam e formavam mais mulheres do que homens. Aos poucos os homens abandonam as salas de aula, dando origem a uma feminização do magistério. Alguns falavam que era insensatez colocar a mulher na formação de