Politicas Alimentares

787 palavras 4 páginas
Introdução Politicas Alimentares
A definição de pastoreio sempre foi problemática e é um assunto que talvez deva ter mais atenção do que o que o que é dado ao desajuste entre as práticas reais dos pastores e o sistema de referência utilizado para a sua análise, nomeadamente compreender a pecuária como uma actividade económica que tem prestado pouca atenção aos produtores mais especializados. Em vez disso, os esforços para compreender e melhorar o pastoreio têm-se concentrado em condições menos especializadas, e muitas vezes nas pessoas com dificuldade económica, que aparecem com mais facilidade e estão interessados numa abordagem ocidentalizada da produção animal. As consequências desta abordagem não podem ser subestimadas.
Depois do avanço substancial no estudo da ecologia das pastagens, em que as descrições do pastoreio continuam a ser caracterizadas por relatos de défice, com escassez de recursos, dificuldades de adaptação, a luta contra insegurança, as secas e as doenças. Estes registos ainda condicionam as perspectivas de desenvolvimento e definição de políticas.
Uma alternativa é analisarmos os produtores de sequeiro que são pastores especializados e bem-sucedidos e que podem ajudar a ter uma compreensão diferente do pastoreio.
O termo pastoreio representa uma grande variedade de realidades.
O pastoreio, tal como outras actividades, funciona em sistemas sociais e políticos complexos: a insegurança, a pobreza, o acesso aos serviços, os mercados, o capital e os recursos para o desenvolvimento influenciam decisões sobre a produção. No entanto quando os pastores de sequeiro bemsucedidos isso deve-se ao aproveitamento das assimetrias e não à estabilidade e uniformidade.
A estratégia do produtor no âmbito dos sistemas não estáveis é mover o gado através de uma série de ambientes explorando períodos ideais de colheita, em cada área utilizada. A gestão visa responder à alternância de períodos de alta e baixa produtividade, com especial ênfase na

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