Mulheres empreendedoras
O presente trabalho objetiva contribuir para a melhor compreensão do empreendedorismo feminino no contexto brasileiro, analisando diferentes aspectos psicológicos que compõem a experiência das empreendedoras. MULHERES EMPREENDEDORAS: MEDOS, CONQUISTAS E QUALIDADE DE
Considerando o crescimento do trabalho feminino no Brasil, é muito relevante a presença das empresas criadas por mulheres, que vêm aumentando sua atuação em posições de liderança nas empresas e conquistando mais terreno no espaço público.
O potencial econômico do empreendedorismo feminino brasileiro é significativo, pois quando se considera setores formais e informais da economia, os negócios possuídos por mulheres chegam a constituir quase a metade deste, representado por 46% do total de empreendedores a nível nacional.
Além da semelhança quanto aos tipos de negócio mantidos, há semelhanças em relação aos desafios e questões enfrentados pelas empreendedoras para fazer seus negócios crescerem, tais como o acesso à informação, à tecnologia, ao crédito/capital e às redes sociais. MULTIPLICIDADE DE PAPÉIS, EMPREENDEDORISMO FEMININO E QUALIDADE DE VIDA
A multiplicidade de papéis tende a ser considerada uma característica do universo feminino, levando ao reconhecimento de um talento nas mulheres para fazer e pensar várias coisas simultaneamente. No entanto, o acúmulo de tarefas, rotulado de “dupla jornada” é, freqüentemente considerado causa ou origem de conflitos e desgastes (Jablonski, 1996; Rocha-Coutinho, 2003). Pesquisas recentes mostram que mulheres - especificamente mães - que trabalham têm índices mais altos de bem-estar e estão mais satisfeitas do que aquelas que não trabalham (Cherlin, 2001; Vandewater, Ostrove & Stewart, 1997). Cherlin (2001) observa que uma vida cheia de ocupações, que combine trabalho com maternagem, traz satisfação e sentimento de realização. Empreendedoras e executivas, respectivamente, atribuem igual importância à realização