mudanças
Uma população mundial muitas vezes maior do que jamais antes na história da humanidade. Uma redução drástica da população agrícola, em face do êxodo maciço do campo e do aparecimento de cidades gigantescas (hoje mais no Terceiro Mundo, enquanto as grandes cidades das nações desenvolvidas caem para patamares mais baixos).A humanidade tornou-se mais culta. A maioria das pessoas é considerada alfabetizada -- embora seja crescente o enorme fosso entre o analfabetismo funcional e o domínio da leitura e da escrita.
Nas últimas décadas, a maioria das pessoas vivia melhor do que seus pais, principalmente nas economias avançadas. Entretanto, a desigualdade econômica e social voltava a prevalecer no final do Século -- mesmo nos países mais ricos.
Foi o Século mais assassino: guerras (freqüentes, extensas e em grande escala), genocídios e fomes. As guerras, agora "sem limites", têm sido travadas cada vez mais contra as populações civis e contra a infra-estrutura do país. A nova impessoalidade da guerra: a tecnologia torna suas vítimas invisíveis.Uma acentuada regressão à barbárie: condições de vida não-civilizada, crescente brutalidade e desumanização. A volta da tortura e do extermínio pelo Estado (apesar de ser uma época de desenvolvimento jurídico). Milhões de pessoas, na condição de refugiados, são forçadas a cruzar fronteiras, repatriadas e desenraizadas.
Queda dos grandes impérios coloniais e declínio da Europa como centro da civilização ocidental. Os europeus são hoje uma minoria decrescente, uma minoria cercada, erguendo barricadas contra a pressão da imigração das regiões pobres do mundo. Por outro lado, consolida-se a hegemonia mundial dos Estados Unidos (que também enfrenta a pressão da imigração, da América Latina).
A globalização das