Análise - Documentário Arquitetura da Destruição
Adolf Hitler tinha como princípio – e o mesmo se estendia ao nazismo – o embelezamento da população. Antes de chegar ao poder, Hitler sonhava em ser um artista e sempre admirou as artes, mas era muito conservador e limitava sua admiração somente às artes clássicas.
Na medida em que assumiu o poder na Alemanha e as obras modernistas foram ganhando destaque, ele passou a repudiá-las, pois suas formas eram mais abstratas se comparadas às artes clássicas e, segundo seu pensamento, as obras eram deformadas por ilustrarem a deformação genética presente na sociedade. Ou seja, ele afirmava que a sociedade possuía doentes que deveriam ser eliminados, judeus e mestiços, pois as deformações vinham da miscigenação da população ariana com outras raças.
Com isso, nasce uma espécie de medicina nazista, que tem como objetivo aplicar o embelezamento na população e limpar a sociedade das impurezas intrincadas em seu corpo, nem que para isso fosse necessária a destruição total.
Trazendo esse fato para o ponto de vista da comunicação, pode-se afirmar que Hitler era um ótimo comunicador e articulador de ideias. Ele conseguiu tornar comum de forma absoluta sua forma única e excêntrica de pensar e governar. Dessa forma, escolhendo um dos significados da palavra comunicação, suas ideias eram transmitidas de forma unidirecional, exercendo-a de forma manipulatória.
Há dois modelos teóricos no campo de comunicação em que podemos encaixar o sistema adotado pelo nazismo:
1. Manipulação
Neste modelo, o receptor é considerado totalmente passivo, que apenas recebe a informação, respondendo a um estímulo que lhe é dado, nada mais do que isso. A sociedade é vista como