Mudanças
O homem começou a sua empreitada no curso de sua existência buscando a sobrevivência. A partir de isto, ele passa a usufruir e transformar a natureza em seu benefício, de tal forma que modifica sua própria natureza, ou seja, ele a humaniza.
E desta forma, ele dá início ao chamado trabalho, trabalho este que para muitos significa libertação e que para outros, tortura, obrigação.
No início de sua existência a palavra trabalho tem o significado etimológico, e vindo do latim tripaliare e de substantivo tripalium que é um aparelho de tortura, que servia para prender escravos e também animais arredios.
Para os gregos e os romanos, segundo ARRUDA & MARTINS (2003), o trabalho manual não era digno, sendo realizado apenas pelos escravos. Já para o cidadão grego cabia o chamado ócio, que significa tempo livre, não se preocupar com a sua subsistência, preparar o copo e o espírito, e para os romanos, trabalho significa negócio (negar o ócio).
Entretanto, para as autoras citadas acima, na Idade Média essa visão totalmente obscura do trabalho manual é minimizada, pois Santo Tomás de Aquino propõe a equivalência entre o contemplativo e manual, mesmo tendo uma melhor visão ao primeiro.
No entanto, com a ascensão da classe burguesa, que tinha em sua origem o trabalho como maneira de sobrevivência e libertação. Surge um novo embate, qual seja a relação entre aquele que pensa e aquele que faz, ou seja, o dono do trabalho e o trabalhador.
Com o aparecimento das fábricas o trabalhador é diluído em três esferas. Conforme Ugarte (2007), afirma:
Corpos, ferramentas e o tempo natural trabalharam integrados por séculos. Como exemplo, citamos a arte de tecer, uma das mais antigas atividades humanas. Um processo complexo, que envolvia muitos fios, dispostos na urdidura, que combinados e entrelaçados transformavam-se em tecidos; os pés guiando o tear e as mãos selecionando os fios e carretéis. (UGARTE, 2007, p. 2).
Mas, com o surgimento das fábricas apresenta-se o