Ergonomia
Subsiste frequentemente a ideia de que a generalidade dos estabelecimentos comerciais, de escritórios e serviços são locais de reduzido grau de perigosidade, pelo que, muitas vezes, não lhes é prestado o cuidado e atenção que efectivamente merecem.
Como princípio básico na prevenção, há que considerar que todas as actividades profissionais apresentam riscos, se bem que existam algumas cujo grau de perigosidade é mais elevado que noutras.
Quando se fala de riscos profissionais, não nos referimos apenas aos possíveis riscos de acidente de trabalho, mas também às condições de trabalho que poderão ser a causa de doenças profissionais ou outros deveres associados ao trabalho para os trabalhadores em exposições mais ou menos prolongadas a tais factores.
Ao longo dos anos o reconhecimento da importância da Ergonomia para melhorar as condições laborais tem vindo a aumentar na medida em que a sua aplicação se traduz por benefícios tangíveis para a população trabalhadora.
A relação entre as pessoas e o seu ambiente de trabalho tem vindo a tornar-se cada vez mais vinculada, face à constante informatização de sistemas, característica de uma era de mudança e competição, na qual se luta pela obtenção de sistemas mais produtivos e flexíveis.
A deficiente concepção dos postos de trabalho do ponto de vista ergonómico está associada ao aparecimento de lesões diversas que afectam tanto a saúde do trabalhador como a rendibilidade da empresa que o emprega. Daí resultam custos financeiros e humanos directos, respectivamente para a empresa e para o trabalhador. Contudo, existem também custos financeiros indirectos, comparativamente muito superiores, não sendo tão facilmente detectados, tais como turnover e absentismo, requisitos adicionais de formação, bem como menor eficiência e decréscimo na qualidade dos produtos.
Actualmente coexistem factores de risco para a saúde do trabalhador, uns resultantes de actividades tradicionais, correspondendo