Mudanças de uso do solo e estrutura fundiária no vale do são patrício
MUDANÇAS DE USO DO SOLO E ESTRUTURA FUNDIÁRIA NO VALE DO SÃO PATRÍCIO
ROGÉRIO DAMASCENO LEANDRO WALTER JÚNIOR JOVÊNCIO DE FARIA
BRASÍLIA – DF: 02/2011
RESUMO
Abrangendo aproximadamente 25% do território nacional, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais vem sofrendo com a pressão antrópica. Segundo Sano et al (2002), aproximadamente 42% das áreas nativas do Cerrado já foram convertidas para atividades agropastoris. Quanto ao mapeamento sistemático da distribuição do uso do solo e da vegetação remanescente, o qual é imprescindível ao monitoramento e gestão ambiental e territorial da região do Cerrado, foram realizados até o momento, três grandes levantamentos: 1) Projeto RADAMBRASIL1, 2) a estimativa de integridade da cobertura vegetal do Cerrado realizada por Mantovani e Pereira em 1998, e o mapa de uso e cobertura vegetal realizado pela Joint Research Centre - European Commission (2002). Em relação ao Projeto Radambrasil, publicado em 1983 à escala de 1:1.000.000, o maior problema decorrente da sua utilização é o fato do mapeamento estar desatualizado, não retratando as transformações da paisagem nos últimos 20 anos. Quanto ao levantamento conduzido por Mantovani e Pereira (1998), este foi realizado a partir de imagens Landsat-TM, obtidas entre 1985 e 1993 e distribuídas ao longo de praticamente todos os meses do ano. Assim, a conspícua sazonalidade do bioma Cerrado não foi considerada como variável importante na interpretação visual, a qual classificou a região em quatro grandes classes segundo o grau de antropização observado (i.e. não Cerrado, Cerrado não antropizado, Cerrado antropizado e Cerrado fortemente antropizado). Já o mapa de cobertura vegetal da América do Sul, elaborado pelo JRCEuropean Commission, este teve por base as imagens do sensor SPOT Vegetation (resolução espacial de 1Km), do ano de 2000. Apesar de se tratar do mais atualizado mapa de uso do