MUDAN AS NO ENSINO DE ARQUITETURA
Em 1968, ano da publicação do AI-5, a Lei 5.540 reformulava o ensino superior no Brasil, objetivando a implantação do modelo americano de ensino. Os cursos universitários, até então seriados, com curso de quatro ou cinco anos, passavam a ser oferecidos em regime de créditos em módulos semestrais. Dizia-se que este modelo visava, além da orientação tecnocrática, o enfraquecimento da idéia de “turma” acadêmica, ferindo de morte o movimento estudantil, o grande opositor do regime militar.
Surgiram novas Faculdades de Arquitetura, destacando-se as da Universidade de Brasília, as federais do Paraná e Rio Grande do Sul. As faculdades particulares do Rio de Janeiro, como a Santa Úrsula e Gama Filho são fruto desta época. A esta mudança na estrutura educacional, correspondia também a uma mudança no mercado de trabalho. O arquiteto deixava de ser um “artista” de atelier, e passava a ser um técnico de prancheta, e um membro de uma equipe multidisciplinar, geralmente dirigida por engenheiros, administradores ou empresários. A oferta de emprego aumentou muito, enquanto durou o milagre
A INDUSTRIA E A ECONOMIA DA ARQUITETURA DO MILAGRE
A arquitetura brasileira, entretanto, não assimilou a torrente criativa das artes plásticas, teatro ou cinema. É bem verdade que, também internacionalmente, as grandes mudanças estavam ainda sendo gestadas. O período marcou, no Brasil, sobretudo uma atualização das práticas edilícias e arquitetônicas, que se beneficiaram dos recentes melhoramentos na produção industrial. Afinal, os anos 1960 são aqueles do amadurecimento da industria brasileira. Ficando assim a arquitetura pari passu com as poéticas internacionais.
Barra da Tijuca. Rio de Janeiro. 1970.
Importante para a produção arquitetônica brasileira foi a criação do Banco Nacional de Habitação. O BNH foi criado objetivando a diminuição do deficit habitacional no Brasil. Era função do banco administrar os recursos de FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de