TERCEIRA GERA O MODERNISTA
É sempre muito difícil se analisar um cenário teórico fazendo parte dele, sem um distanciamento mínimo de tempo e espaço. Mas podemos apontar algumas tendências contemporâneas da literatura brasileira e da língua portuguesa – contemporâneas consideramos o que se tem produzido nos últimos vinte ou trinta anos, pós-ditadura.
A terceira geração modernista não é nada mais nada menos do que a ruptura com a 1ª e a 2ª fase modernista, experimentação estética e a busca por uma nova expressão literária foram as principais características da terceira geração modernista.
Também conhecida como Geração de 1945, desenvolveu temáticas e estéticas diversas às gerações anteriores. Nas fases precedentes, sobretudo na primeira fase modernista (1922-1930), havia uma grande preocupação em consolidar a Literatura nacional através de elementos que reforçavam a identidade brasileira nas diferentes manifestações artísticas. Os escritores da geração de 45 romperam com esse padrão, apresentando grandes inovações na pesquisa estética e nas formas de expressão literária.
Modernismo no Brasil - a 3ª geração: Crítica social e metalinguagem
Depois do modernismo da Semana de Arte Moderna, em 1922 (1ª geração modernista), e do incisivo e duro modernismo de 1930, em que predominou o romance regionalista (2ª geração modernista), começam a se instalar, a partir de 1945/1950, novos rumos para a literatura brasileira.
O ano de 1945 foi especialmente, a data é fundamental para o mundo todo porque corresponde ao término da Segunda Guerra Mundial e , no Brasil, a ditadura de Vargas, é também o ano da morte de Mário de Andrade - o grande artista, poeta e teórico do modernismo. O Brasil vivia um período democrático e desenvolvimentista, cujo ápice ocorreu nos anos de governo do presidente Juscelino Kubitschek.
O Brasil se modernizava, como, aliás, ocorria no mundo todo poetas, prosadores e artistas em geral, ajustando-se ao mundo pós-guerra, já tinham total liberdade de usar