Modernismo
Muitos estudiosos reforçam essa ideia de ruptura marcada por um surto de inovação. Contudo, o Modernismo brasileiro é devedor de todos os movimentos e escritores de vanguarda (europeus) que o antecederam: o Futurismo italiano (na figura de Filippo Marinetti), o Dadaísmo, o Surrealismo, a poesia de Guillaume Apollinaire e o Expressionismo alemão.
Esses movimentos, que desencadearam mudanças radicais na literatura mundial, também provocaram a onda de mudanças cujo marco, no Brasil, é a Semana de Arte Moderna, em 1922.
Outra influência que não pode ser esquecida é a do período imediatamente anterior à Semana de 22, durante o qual várias obras já anunciavam e preparavam o desencadeamento do Modernismo. É o caso de Os Sertões, de Euclides da Cunha, Triste fim de Policarpo Quaresma e Recordações do escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto, Canaã, de Graça Aranha, e Urupês, de Monteiro Lobato. Todas essas obras - e também a poesia de Augusto dos Anjos - já realizavam o que, depois, o Modernismo radicalizaria: um trabalho de revisão crítica do Brasil, de negação do academicismo e de ruptura com a estética realista e naturalista.
Ao se estudar o Modernismo deve-se levar em conta também o processo de industrialização que ocorria em São Paulo, acelerado depois da Primeira Guerra Mundial. Esse desenvolvimento da cidade (e do Estado) criou as condições necessárias ao aparecimento de uma visão cultural cosmopolita. Fase heróica do Modernismo
Antecedentes
• 1917 – Exposição de pinturas de Anita Malfatti gera polêmica em São Paulo.
• 1921 – Vitor Brecheret (escultor) e Heitor Villa-Lobos (músico) já apresentavam trabalhos influenciados pelas vanguardas europeias.
A Semana
• 1922 – A Semana de Arte Moderna durou três dias: 13, 15 e 17 de fevereiro, no Teatro Municipal