Msi - modelo de substituição de importação
Tavares (1977) define substituição de importações como todo um processo de desenvolvimento que, respondendo às restrições do comércio exterior - como aconteceu com os países do Cone Sul nas quatro décadas que se seguem ao pós-Guerra - procurou repetir aceleradamente, em condições históricas distintas, a experiência de industrialização dos países desenvolvidos.
O objetivo seria a geração de uma economia suficientemente flexível, diversificada, capaz de superar choques, poder responder a estes e realmente criar oportunidades para o crescimento, e poder, por conta própria, gerar continuamente crescimento e bem-estar para a sua população. A lógica básica da estratégia de substituição de importações é que essa transformação das economias em desenvolvimento demanda proteção em relação à concorrência com produtos importados (Bruton, 1989, p. 1.603).
Operacionalmente a definição de substituição de importações dada por Chenery, citado por Diaz-Alejandro (1975), é: a proporção da oferta total de um determinado bem obtido por importações no lugar de produção doméstica pode declinar (ocorre substituição de importações) e isso pode ser devido a: (1) uma tarifa passa a incidir sobre as importações do produto (2) uma desvalorização torna as importações mais caras, ou (3) outras razões, tais como interrupção das operações de comércio por motivos de guerra.
Segundo Desai (1969) há dois tipos alternativos de medidas de substituição de importações: (1) aquelas envolvendo referências a uma noção de optimalidade e (2) aquelas que simplesmente descrevem as mudanças no padrão de importações e de produção doméstica.
Não se deve considerar o termo substituição de importações uma operação simples e limitada de retirar ou diminuir componentes