Economia Brasileira Contemporânea - Capítulo 6
Contemporânea [1945-2010]
Fabio Giambiagi, André Villela, Lavinia Barros de Castro e
Jennifer Hermann
Privatização, Abertura e Desindexação: A Primeira Metade dos Anos 1990
Lavinia Barros de Castro
Introdução
“No início de 1990, a inflação havia ultrapassado 80% ao mês e a economia, que crescera a uma taxa média em torno de 7% entre 1930-80, desde meados de 1980 se encontrava estagnada.” P.
131
“As reformas propostas por Collor, de fato, introduziram uma ruptura com o modelo brasileiro de crescimento com elevada participação do Estado e proteção tarifária.” P. 132
“Na estratégia de combate à inflação do Plano Real, a taxa de câmbio e os elevados juros tiveram um papel fundamental, embora com consequências negativas para o desempenho da economia nos anos que se seguiram.” P.132
A Mudança de Modelo
“Durante o período de 1950-80, o Brasil cresceu a uma taxa média de 7,4% ao ano (...). Esse crescimento esteve associado a uma política de substituição de importações, mas também a alguns episódios de promoção de exportações, (...). Resumidamente, podemos dizer que as três principais características do modelo de industrialização brasileira do pós-Guerra foram: (1) a participação direta do Estado no suprimento da infraestrutura econômica (energia e transporte) e em alguns setores considerados prioritários (siderurgia, mineração e petroquímica); (2) a elevada proteção à industria nacional, mediante tarifas e diversos tipos de barreiras não tarifárias; e (3) o fornecimento de crédito em condições favorecidas para a implantação de novos projetos.” P. 133
“Dessa forma, o MSI defendia três papeis fundamentais para o Estado: o de indutor da industrialização, através da concessão de crédito e do uso intensivo de instrumentos cambiais, restrições quantitativas e tarifárias; o de empreendedor, a fim de eliminar os principais ‘pontos de estrangulamento’ da economia; e o de gerenciador dos escassos recursos cambiais (...).” p. 133
“Outro aspecto