movimentos
ALEXANDRA PINGRET*
A proposta desse texto é conhecer parte, da discussão contemporânea, referentes aos movimentos sociais, no Brasil, e realizar uma reflexão sobre a Marcha Mundial das
Mulheres nesse contexto. As teorias que analisam os movimentos sociais latinoamericanos estão em constante construção, e suas pesquisas se refletem na produção brasileira e vice-versa.
Primeiramente opta-se por citar dois conceitos sobre os movimentos sociais, um de Norberto Bobbio, e o outro formulado por Maria das Graças Gohn, não pretendemos compará-los, mas sim conhecer a ambos. Bobbio prefere definir os movimentos sociais desde que não comprometa a análise nem esqueça as diferenças entre as várias interpretações, dir-se-á que os comportamentos coletivos e os movimentos sociais constituem tentativas, fundadas num conjunto de valores comuns, destinadas a definir as formas de ação social e a influir nos seus resultados.
(...) Se distinguem pelo grau e pelo tipo de mudança que pretendem provocar no sistema, e pelos valores e nível de integração que lhes são intrínsecos.
(BOBBIO, 1998:787)
Segundo Gohn, os movimentos sociais podem ser explicados como:
As ações sociopolíticas construídas por atores sociais coletivos pertencentes a diferentes classes e camadas sociais, articuladas em certos cenários da conjuntura socioeconômica e política de um país, criando um campo político de força social na sociedade civil. (GOHN, 2002:251)
Nesse sentido, ambos os conceitos se desenvolvem prioritariamente no território do político. Pois será também nesse campo de atuação que pretendemos situar a Marcha
Mundial das Mulheres. Pensando o político como “o lugar onde se articulam o social e sua representação, a matriz simbólica onde a experiência coletiva se enraíza e se reflete ao mesmo tempo.” (ROSANVALLON, 1995:12).
Existem outras conceituações, referentes aos movimentos sociais, mas por