movimentos messianicos
Hoje a população brasileira tem lugar garantido no sistema politico brasileiro, mas no passado não foi assim todo tempo. A primeira constituição da republica brasileira promulgavam em 1891, colocavam tantas restrições a participação das pessoas nas eleições que apenas 10% da população podia votar. Era proibido de votar, por exemplo, mulheres, religiosos e mendigos. Os analfabetos também não podiam escolher seus candidatos. Não bastasse isso, nas eleições ocorriam inúmeras fraudes e ações violentas, o que também contribuiu para garantir que uma pequena elite se perpetuasse no poder por longos períodos. Veremos nesse trabalho, que está situação persistiu por mais de 40 anos e marcou de maneira significativa os primeiros tempos do Brasil Republicano.
1.1 UMA REPÚBLICA PARA POUCOS
De 1889, ano em que um movimento militar derrubou a Monarquia e instaurou a Republica no Brasil, até 1930, data em que um movimento armado levou a presidência o gaúcho Getúlio Vargas, o país esteve quase todo o tempo nas mãos das elites oligárquicas do Sudeste. Durante esse período, as atenções dos sucessivos governos estiveram voltadas primordialmente para os interesses das elites. Nada foi feito para promover mudanças econômicas e sociais que atendessem as necessidades da população mais pobre. E, embora a indústria estivesse crescendo, a base da economia continuava sendo a grande propriedade rural, produtora de culturas destinadas á exportação. Politicamente, esse regime foi caracterizado pelo controle do país exercido pelas forcas econômicas e politicas dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco. Suas lideranças influenciaram significativamente todas as escolhas presidenciais desse período. Além disso, essa época foi marcada por fraudes eleitorais e por uma forte repressão aos movimentos populares. Durante a Republica oligárquica, também foram influentes diversos segmentos do