Maria Isaura Pereira. O messianismo no Brasil e no mundo. Resenha
Introdução Geral p. 3-24. A obra começa por abordar o conceito de “messias” e “messianismo”, que segundo Maria Isaura Pereira de Queiroz pertencem à linguagem corrente que os definiu de acordo com os relatos bíblicos. Em Queiroz os termos “messias” e messianismo” e o qualificativo “messiânico” pertencem à linguagem corrente que os definiu de acordo com os relatos bíblicos. Assim a concepção popular de messias deriva das palavras de Isaías. De acordo com Wallis a idéia messiânica não é peculair ao judaísmo, mas foi na antiga religião judaica que a noção adquiriu sua definição plena. O messias é o guia divino que deve levar o povo eleito ao desenlace natural do desenrolar da História (ao restabelecimento de um reino terreno). Em Max Weber e Paul Alphandéry o messias é alguém enviado por uma divindade para trazer a vitória do bem sobre o mal, ou para corrigir a imperfeição do mundo, tratando-se de um líder religioso e social e também carismático1. Max Weber entende o messias, seja reencarnação de herói ou divindade, enquanto uma categoria dentro da classe dos profetas2. Em Queiroz o messianismo se afirma como uma força prática e não como uma crença passiva e inerte de resignação e conformismo; O “messias” é sempre anunciado por um personagem anterior (pré-messias) que lhe profetiza a vinda. De acordo com a mesma a história do messias segue sempre os mesmos passos: eleição divina, provação, retiro, volta gloriosa. E a configuração sob a qual é concebido varia de grupo parta grupo: sua natureza pode ser espiritual ou material, sua organização pode ser igualitária ou não.É um movimento no qual se encontram