Movimento messiânico

Movimento messiânico

O Messianismo implica na vinda ou no retorno de um ser divino enviado por uma Divindade, que virá libertar a Humanidade. O termo ‘messias’ vem do hebraico mashiah e do grego christós. Ele é uma entidade com poderes e tarefas que deve mobilizar a favor de um grupo ou de um povo subjugado. Messianismo e movimento messiânico são necessariamente típico-ideais, no sentido de se referirem à realidade observável mas não a reproduzirem ou esgotarem, e isto mesmo no caso em que entendam seus conceitos como tipos empíricos.
Constituem-se como movimentos messiânicos, milenaristas, ou messiânico-milenaristas desde simples contestações pacíficas quanto a aspectos selecionados da vida social, até rebeldias armadas, ambos os tipos informados pelo universo ideológico religioso.
Orientando-se, sobretudo por valores e sentimentos tradicionais, em descompasso com os ideais de modernidade do momento, tais movimentos tendem a ser vistos pelas vigências política e intelectual como irracionalidades e arcaísmos, frutos da ignorância e do fanatismo. Sendo seus seguidores indígenas destribalizados, populações camponesas, povos colonizados e setores populacionais marginalizados ou excluídos da moderna civilização ocidental.
Os movimentos messiânicos eclodidos em todo o globo e às tipologias dos mesmos em referência ao meio social de origem e suas funções em relação a estes, seus estudos realizam aquisições sobre os movimentos messiânicos que parecem ser definitivas:
A ocorrência desses movimentos demonstra que as sociedades de base patrimonialista não são estagnadas, ao contrário, dotadas de uma dinâmica interna própria, capazes de reação contra fatores exógenos ou endógenos que comprometem sua existência tradicional;
Tais movimentos não são aberrantes, nem integram um capítulo da patologia social, como até então se supunha. Seriam reações normais de sociedades tradicionais em momentos de crise, de anomia ou de mudança de sua estrutura interna;
Os líderes