movimento negro
A questão dos negros no Brasil é um processo que ainda precisa ser debatido. Ora, foram cerca de 300 anos de duro preconceito, de hostilização do ser humano. Visto isso, criou-se essa cultura de inferior dos negros – uma grande falácia. A Constituição Federal nos considera iguais, sem distinção de raça, sexo, religião e etc. Os direitos humanos nos tratam da mesma forma; porém, é mais difícil ver isso na sociedade, ou seja, a teoria está aí. A mídia até tenta quebrar esse paradigma, mas não consegue apresentar muito sucesso nesse aspecto. As novelas mostram uma interação e integração de negros na sociedade. Recentemente, elas têm inserido os negros em posições mais altas: como é o caso de André, personagem interpretado por Lázaro Ramos, na novela “Insensato coração”. Ao observar telenovelas mais antigas, percebe-se que os negros têm papéis estereotipados. Milton Gonçalves é um ator da Rede Globo há mais de 40 anos. Os personagens que ele interpreta, observe, sempre são escravos, empregados e afins. Para comprovar essa prática, é só prestar atenção e se atentar a esses detalhes sutis. É claro que existe toda uma questão de visualização de um cenário. Por exemplo: se os escravos eram negros, é óbvio que um ariano não poderá fazer o papel, ou mesmo um indígena, japonês e etc. Por outro lado, existem novelas dos tempos atuais, que podem inserir os negros em qualquer papel, principalmente de pessoas bem sucedidas, como há na sociedade, de fato. Outra questão é se o ator é bom ou não para aquele papel. São inúmeras questões em volta disso; no entanto, deve haver preocupação. Ora, os angolanos são público das telenovelas brasileiras que, diga-se de passagem, são de altíssima qualidade: atores bons, boas interpretações; recursos de angulações de câmera, luz, cenários bem trabalhados, diretores qualificados e renomados. Os movimentos negros são para resgatar a memória de um povo que batalhou por sua liberdade. A Declaração