Movimento Humano: um objeto de estudos para o Esporte
Entender o funcionamento do corpo é fundamental para uma atividade baseada no rendimento físico
Não existe esporte sem movimento. E por ser ligado à atividade física de um modo tão intrínseco, o movimento sempre foi um objeto de estudo que despertou muita curiosidade das pessoas preocupadas em entender o fenômeno chamado esporte.
Historicamente, a educação física sempre teve interesse pelo estudo e pelo desenvolvimento prático do movimento humano. Contudo, num primeiro momento essa preocupação foi destinada ao movimento pré-concebido e não à criação de uma perspectiva pedagógica.
O movimento humano sempre foi objeto de estudo como uma função. Tanto que algumas obras chegaram a criar uma diferença de categorias entre movimento e ação motora.
Diante desse conceito, o movimento é compreendido como o aspecto externo e visível de uma atividade física e a ação motora é o caráter interno ou as modificações que foram processadas para que aquele movimento fosse possível.
A evolução nos estudos mudou essa compreensão sobre o movimento e deu origem a uma visão pessoal-situacional. O movimento não é apenas a reprodução de uma ação motora, mas um acontecimento reacional e dialógico. Trata-se de uma relação entre o ser humano e o ambiente em que ele se encontra, com o intuito de realizar uma ação ou uma mudança.
A compreensão dessa subjetividade do movimento é fundamental para o entendimento da relação de seu estudo com o esporte. Inicialmente utilizada nos esportes individuais, a análise sobre a ação motora foi uma adição da preparação de atletas para aprimorar sua atuação funcional e harmonizar cada uma de suas decisões durante um jogo.
Durante anos, modalidades como a natação e o atletismo recorreram ao estudo dos movimentos para tentar melhorar o rendimento dos atletas e criar padrões de ação em busca de melhores tempos ou marcas. Inicialmente, essa prática foi utilizada para determinar, por