Movimento Ecologista
Daniely Almeida
Graduanda em Serviço Social e bolsista PIBIC/CNPq/UFPE.
Vitória Gehlen
Professora do Departamento de Serviço Social da UFPE e coordenadora do Grupo de
Estudo em Gênero, Meio Ambiente, Planejamento de Políticas Públicas – GAPP/UFPE
Os movimentos sociais brasileiros têm sido objeto de um vasto contingente de estudos, os quais tentam resgatar suas referências históricas e analisar a função destes no contexto social, enfatizando desde o seu caráter político até o seu desempenho enquanto agentes de transformação.
No Brasil, diversos movimentos sociais surgiram durante a década de 1970 com o propósito de questionar as práticas do Estado autoritário e capitalista, contestando a ordem estabelecida pela
Ditadura Militar. Tais movimentos eram constituídos com base nas demandas referentes à reprodução social e às condições de vida, porém ainda não tinham uma amplitude nacional, restringiam-se aos bairros, às centrais sindicais, etc. (Sader, 1998; Scherer-Warren, 1993; Jacobi,
1990).
A partir dos anos 1980, os movimentos sociais foram fortalecidos mediante uma ampla mobilização da sociedade civil durante o processo de redemocratização do país. Intensificaram-se, porém, adotando uma nova postura, mais concreta e que permitisse a intervenção direta nas normas ditadas pelo Estado na gestão da sociedade. Os movimentos sociais deste período aspiravam a participar dos processos decisórios de planejamento e gestão de políticas sociais. O Estado, com a
“Nova República” e a falência das políticas sociais habituais, passou a desenvolver políticas e projetos de caráter participativo, facilitando a absorção das demandas populares.
Nos anos 1990, a relação entre o Estado e os movimentos sociais tornou-se mais contígua, tomando um sentido de parceria. Os movimentos sociais passam a interagir diretamente na gestão social, aproximando, assim, a