3 Disserta O
Parte I – Introdução
1. Apresentação do tema
Os problemas ambientais fazem parte do nosso quotidiano. Ecologia e ambiente são vocábulos que contemporaneamente nos anunciam a nossa relação com o planeta. Nesta área existem problemas que vêm fazendo as primeiras páginas dos jornais, revistas e dos noticiários admoestando-nos sobre a objectividade da crise ambiental global. É hoje para nós pacificamente aceite que a poluição das águas ou do ar é preocupante ou que é uma causa nobre contribuir para que não se extingam espécies selvagens. (...) De tal forma estas questões fazem parte do nosso quotidiano que nos esquecemos de que elas nada têm de natural e são, de facto, temas de reflexão recentes nas sociedades ocidentais (Lima, Cabral, Vala, Ramos 2004:9).
Desta forma começo por afirmar a actualidade e o interesse académico e intelectual do tema que me proponho a desenvolver na presente dissertação.
Na mesma linha do relatório de estágio (Estágio Curricular, no âmbito da Licenciatura em
Ciência Política, no Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade), parece-me relevante dar continuidade a uma modesta mas cada vez mais aprofundada incursão na temática do ambiente, não só porque já estou familiarizada com determinados assuntos nesta área mas também porque não existem muitas abordagens com o tema que pretendo desenvolver, nomeadamente na área do chamado ecologismo radical. Esta é sem dúvida uma área apaixonante e simultaneamente actual.
Hoje em dia, dentro do movimento ambiental há um conjunto de pessoas que vivem preocupadas com os efeitos causados pelo ser humano no meio ambiente. Estas pessoas são muitas vezes apelidadas de ecologistas radicais devido às metodologias e estratégias que adoptam.
Contudo, de acordo com Brower (Scarce 2006) se fizermos uma leitura ecológica da história recente, as verdadeiras acções radicais não são as perpetuadas por estes ecologistas radicais mas são