Movimento dos trabalhadores sem teto

O movimento dos trabalhadores sem teto, tem como principio de luta a reforma urbana, formado por operários, trabalhadores informal, e até mesmo pessoas que perderam seu emprego e não tem condições de ter uma moradia digna e consequentemente lutam para serem atendidos não somente em questão de moradia mais também em questão de saúde, educação, segurança. Essas pessoas residem muitas vezes de favor em casa de amigos e parentes, em áreas de risco, estas muitas vezes na periferia.
Esse movimento surgiu em 1997, tendo como influência o movimento dos trabalhadores sem terra. Sendo que sua primeira ocupação dói em um terreno em Campinas onde essa invasão contava com cerca de 5.200 famílias.
O movimento vem em busca de uma mudança no modo que os grandes centros urbanos estão se organizando, onde assim ao ocupar terrenos e construírem barracos e até mesmo invadirem prédios desapropriados tentam mostrar como está a realidade no nosso país.
Nosso objetivo é combater a máquina de produção de miséria nos centros urbanos, formar militantes e acumular forças no sentido de construir uma nova sociedade. A ocupação de terra, trabalho de organização popular, é a principal forma de ação do movimento. Quando ocupamos um latifúndio urbano ocioso, provamos que não é natural nascer, viver e morrer pobre e oprimido. Não aceitamos a espoliação que muitos chamam de sina.[1]
Os trabalhadores que fazem parte desse movimento eles deixam claro que o que eles querem alem de denunciar o estado da sociedade do nosso pais, quer criar um poder para todos. Pois esses são responsáveis pela criação dos grandes centros e de criarem tudo que irá mover grande parte da economia. E eles que não conseguem ter acesso perdem o poder e o direito a uma vida de forma digna.
Ao montar barracos de lona num terreno vazio e organizar os trabalhadores para lutar, cortamos a cerca nada imaginária que protege a concentração de riqueza e de terra nas mãos de poucos. E em alto e bom som gritamos: chegou a nossa hora.