Movimento dos trabalhadores sem terra (mst)
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, mais conhecido como Movimento dos Sem Terra, sigla MST, é um movimento de massa que luta, basicamente, por terra, pela reforma agrária e por mudanças na sociedade.
A sua origem encontra-se nas lutas isoladas pela terra no sul do Brasil, destacando-se as ocupações das Fazendas Macalli e Brilhante, em 1979, no Rio Grande do Sul; da fazenda Burro-Branco, em Santa Catarina e da Fazenda Primavera, em Andradina, São Paulo, ambas em 1980. Também no Rio Grande do Sul, em 1981, 700 famílias acamparam em Encruzilhada Natalina, município de Ronda Alta.
De 21 a 24 de janeiro de 1984, realizou-se o primeiro Encontro Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que contou com a participação de representantes de doze estados. Constitui-se definitivamente como um movimento nacional a partir do 1º Congresso Nacional, realizado em Curitiba, Paraná (29 a 31 de janeiro de 1985), quando 23 estados brasileiros estiveram representados através de 1.500 delegados.
As ocupações, definidas como a forma mais eficiente de se alcançar a reforma agrária, foi uma decisão política adotada nesse Congresso. E, como palavras de ordem, surgiram: Reforma Agrária na Lei ou na Marra e Sem Reforma Agrária não há Democracia.
Os estados nordestinos começaram a se integrar ao movimento em 1986. A primeira ocupação na região ocorreu em 1987, na Fazenda Projeto 4045, em Alcobaça, na Bahia.
A bandeira e o hino do MST foram aprovados, respectivamente, no Terceiro Encontro Nacional, em 1987, e no II Congresso, realizado em Brasília, em 1990.
Como seus objetivos gerais, o MST ressalta: • A construção de uma sociedade sem exploração e sem explorados, com supremacia do trabalho sobre o capital; • A luta para que a terra esteja a serviço de toda a sociedade; • A garantia de trabalho para todos e a justa distribuição da terra, renda e riquezas; • A busca permanente da justiça social e da