Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Porque Ocorreu
A ditadura militar impos um projeto que anunciava a “modernização” do campo, estimulando o uso massivo de agrotóxicos e da mecanização (exclusivos aos latifúndios) ao mesmo tempo em que ampliavam e deixavam o controle da agricultura nas mãos das grandes agroindústrias, expulsando assim os trabalhadores de suas terras e os desprovindo do direito de produzirem alimentos.
Como Ocorreu
As sementes para o surgimento do MST foram lançadas quando os primeiros indígenas se revoltaram contra a mercantilização e a apropriação de terras pelos portugueses, depois com os exemplos da resistência coletiva dos quilombos, até com a Guerra de Canudos ou a Guerra do Contestado. O movimento, como conhecemos hoje, herdou e continuou estas lutas. Iniciou-se em Cascavel, no Paraná, onde em Janeiro de 1984 foi realizado o 1º Encontro Nacional dos Sem Terra, reunindo 80 trabalhadores rurais que ajudaram a organizar ocupações de terra em 12 estados (RS, SC, PR, SP, MS, ES, BH, PA, GO, RO, AC e RR) além de representantes da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da Pastoral Operária de São Paulo. Assim, concluiram que a ocupação de terra era uma ferramenta fundamental e legítima das trabalhadoras e dos trabalhadores rurais em luta pela democratização da terra, entao, estes saíram com o compromisso de construir o movimento a nível nacional.
Objetivos
O movimento se organiza em torno de três objetivos principais: lutar pela terra, lutar pela Reforma Agrária e lutar por uma sociedade mais justa e fraterna. Estes, são base das seguintes reivindicações do movimento.
Cultura – Para democratizar e a popularizar a cultura no país, promovendo o fortalecimento dos espaços de trocas culturais e o acesso a estes;
Reforma Agrária – Para garantir acesso à terra para todos