Movimento Democrático de Moçambique: Uma Força política que impõe Mudanças no Sentido de Voto.
Por Aguinel Jamisse1
Moçambique tornou se independente em 25 de Junho de 1975 depois de um duro combate sangrento que durou 10 anos contra o colonialismo Português. Pouco tempo depois, o país viu se fustigado por uma série de dificuldades bem como desastres naturais como resultado das políticas económicas que foram sendo introduzidas gradualmente pelo Governo da Frelimo. Em 1992, o país conhece uma viragem na sua
História, como consequência da assinatura dos acordos de paz entre a Frelimo e os guerrilheiros da Renamo liderados por Afonso Dlakama.
Em 1994 realizaram se as primeiras eleições presidenciais e legislativas onde 14 partidos políticos tomaram parte incluindo a Frelimo e a Renamo. Este processo eleitoral permitiu pela primeira vez um debate mais amplo a todos níveis e a escolha dos seus candidatos pelas componentes de base, mesmo dentro de um sistema de partido único. Sob o tema ʺ Movimento Democrático de Moçambique: Uma Força política que impõe mudanças no sentido de voto, ʺ apresento as minhas constatações e inquietações sobre o paradigma Nacionalista caracterizado por discursos nacionalistas que atenta o estado de direito democrático visando a instrumentalização do povo seguindo as opções ideológicas da Frelimo, enfatizando que somente este partido é que tem a capacidade de governar os Moçambicanos e que os votos obtidos pelo Movimento Democrático de
Moçambique pertencem a eleitores da Renamo.
O tema em estudo surge a partir de uma inquietação pessoal como estudante de ciência política assim como investigador amador ao analisar que o grosso modo da elite detentora do poder político, é que através do clientelismo, nepotismo, prebendalismo usam o povo como trampolim para a acumulação da riqueza podendo entretanto fazer mais do que fazem para o bem-estar do povo. Isto, sem dúvida, trás o desalinhamento e o realinhamento eleitoral. No