Movimento de corrupção no Paraná
Secretos, em março de 2010, pela Gazeta do Povo e pela RPCTV, a Assembleia Legislativa do Paraná corrigiu boa parte das irregularidades que ocorriam na Casa há décadas. As mudanças internas, no entanto, não foram suficientes para alterar uma característica histórica do Legislativo estadual: a falta de fiscalização dos deputados sobre os atos do Poder Executivo.
De acordo com o recém-divulgado estudo Sistema de Integridade nos Estados Brasileiros – desenvolvido por pesquisadores da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com o Instituto Ethos –, o reduzido tamanho da bancada de oposição
“mina a possibilidade de fiscalização” sobre o governo do estado, elevando consideravelmente o risco de corrupção no Executivo.
Governo e oposição divergem sobre propensão a irregularidades O alto risco de corrupção no governo do Paraná relacionado pelo estudo da Unicamp ao reduzido tamanho da oposição na Assembleia divide as opiniões de deputados governistas e oposicionistas na Casa.
O levantamento também aponta como falha grave o fato de o governo paranaense não divulgar relatórios de atividades do controle interno, cuja finalidade é fiscalizar as ações do próprio governo.
Atração governista
O estudo foi comandado pelos pesquisadores Bruno Speck e Valeriano Mendes Ferreira, do Centro de Estudos da Opinião Pública da Unicamp. Eles mediram o risco de irregularidades em todos os governos estaduais do país, por meio da análise de mecanismos de controle das instituições públicas e da sociedade civil organizada durante a gestão 2007-2010 – no caso do Paraná, a gestão dos peemedebistas Roberto Requião e Orlando Pessuti.
Assolada por uma avalanche de denúncias nos últimos tempos, a Assembleia paranaense mais