Movimento abolicionista
Em 1863, o decreto do presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln em acabar com a escravidão nos Estados Unidos deu margem para que movimentos abolicionistas brasileiros fortalecessem sua campanha contra o regime escravocrata.
Políticos republicanos engajados, como Joaquim Nabuco e José Patrocínio, criaram em 1880 no Rio de Janeiro a “Sociedade Brasileira Contra a Escravidão”, para acelerar o processo de abolição. O jornal “O Abolicionista”, de Nabuco, e a “Revista Ilustrada”, de Ângelo Agostini, foram importantes contribuições intelectuais para explicar como regimes escravocratas são danosos ao Estado e à humanidade.
Além de Nabuco e Patrocínio, intelectuais, jornalistas, advogados e estudantes aderiram à campanha abolicionista. Entre eles, estavam Castro Alves, José Bonifácio, Eusébio de Queirós, Visconde de Rio Branco, Luís Gama e Rui Barbosa.
Alguns ativistas chegavam a organizar secretamente fugas de escravos em quilombos do Rio de Janeiro. Luís Gama, um advogado ex-escravo, foi responsável pela libertação de mais de 1.000 deles em São Paulo. Nesta época, cerca de 750.000 negros ainda eram mantidos como escravos.
Em 1871, criou-se a primeira lei de cunho abolicionista. Apesar de ser um ideal difundido majoritariamente pela ala liberal, foi o conservador Visconde do Rio Branco quem criou a Lei do Ventre Livre, defendendo o escravismo como uma “instituição injuriosa” que fere a imagem internacional do Brasil. A lei não foi levada a sério pelos imperialistas, mas mostrou números agravantes sobre a situação da mão-de-obra escrava do país, expondo-os a público.
Benjamin Constant, tenente-coronel e professor do Colégio Militar, incitou seus alunos militares a não sustentarem o