Motores a Diesel
Faculdade de Engenharia
Desgaste e gripagem na bomba de injecção, de um sistema
“Common Rail” em motores diesel
António Manuel Quaresma Cairrão
Tese submetida com vista à obtenção do grau de Mestre em
Manutenção Industrial
Porto, 2004
Resumo
RESUMO
A comercialização da motorização diesel de viaturas ligeiras, teve sempre associados condicionantes de ordem fiscal, prestações em relação à mesma motorização a gasolina, consumo de combustível e a emissão de gases poluentes, que levava a ter pouca procura e a torná-la inviável na comercialização em massa.
A legislação emitida por parte de organismos oficiais sobre a protecção do ambiente, assim como a necessidade de reduzir o consumo de combustível, levou os construtores de motores e fabricantes de sistemas de injecção diesel, a terem que inovar a motorização diesel.
Do esforço conjunto, associado à incorporação da electrónica e informática, resultaram motores com prestações mais competitivas, baixo consumo de combustível, pequenas cilindradas, menos poluentes e menor preço.
Estava assim lançada a massificação da motorização diesel.
Como esta nova motorização atinge altas rotações, determinados orgãos ficam sujeitos a condições de funcionamento muito severas, que deveriam estar abrangidos por planos de manutenção do construtor ou fabricante. De entre os orgãos, está a bomba de alta pressão do sistema de injecção “Common Rail”, CP1, objecto deste trabalho.
O mecanismo interno da bomba, ao ser lubrificado pelo próprio gasóleo, que é utilizado como combustível, fica condicionada à qualidade deste, nomeadamente em relação ao índice cetano, ausência de sólidos em suspensão e água.
Como o gasóleo é submetido a elevadas pressões e temperaturas, reduz-se o efeito lubrificante. As peças que foram projectadas para beneficiar deste efeito, ficam assim sujeitas a um processo acelerado de desgaste ou até mesmo gripagem.
Ao conhecerem-se casos de avarias graves da