Motores moleculares
Esses motores são máquinas biológicas notáveis, que respondem pela maioria das formas de movimento que ocorre no mundo celular: atuam não só na contração das fibras musculares, mas também na locomoção das células, no transporte de variadas cargas no citoplasma e na divisão celular. E ainda, quando combinados com outros processos, permitem ao organismo como um todo se mover. Os motores moleculares são divididos pelos cientistas em diferentes tipos baseados em sua função e em sua estrutura. As três famílias principais são as miosinas, as cinesinas e as dineínas, e capa uma delas se subdivide em várias classes.
Os motores moleculares podem ser definidos como proteínas que convertem energia química em energia mecânica e a utilizam para modificar sua conformação estrutural e, com isso, ‘andar’ ao longo de proteínas filamentosas que servem como ‘trilhos’. Esse movimento é feito em passos nanométricos. Diversos membros dessas famílias ainda não foram totalmente caracterizados, e alguns são conhecidos apenas por sua seqüência genética. Sabe-se, porém, que a estrutura básica dos motores moleculares apresenta três regiões funcionais, ou domínios: ‘cabeça’(ou motor), ‘pescoço’ e ‘cauda’.
O domínio motor é o que promove a transformação de energia química em energia mecânica (levando à mudança conformacional). O motor molecular realiza isso usando uma molécula de trifosfato de adenosina (ATP): essa molécula é quebrada, e a energia é liberada é empregada na geração de movimento. O ATP é a moeda energética mais usada nas células – poucos motores moleculares eventualmente usam, nesse processo, outros compostos ricos em energia, como o trifosfato de guanosina (GTP), por exemplo. Outra função do domínio motor é ligar a miosina, cinesina ou dieneína ao seu citoesqueleto específico. Outras funções foram atribuídas aos motores moleculares, como tráfego intracelular, migração celular, transporte de vesículas, movimento de vacúolos e, ainda, ações sensoriais e de