Motivos Sociais - Teoria de McClelland
1.1 Perspectiva Histórica do Estudo da Motivação
O comportamento humano é bastante diverso de outros eventos perceptíveis no meio ambiente em relação aos objetos inanimados. Em relação aos animais inferiores, o comportamento humano se apresenta quase como imprevisível, enquanto o dos animais é relativamente previsível. Historicamente, a primeira tentativa de explicar essas diferenças foi atribuir ao homem algo de especial: a alma. A alma conferia ao homem a possibilidade de escolher o bom e o belo. O comportamento, segundo Sócrates e Platão, era derivado da paixão e do conhecimento. A paixão era própria do corpo e por isso compartilhada com os animais inferiores. O conhecimento, no entanto era propriedade da alma exclusivamente humano, e levava, inevitavelmente, à realização do bem, à felicidade. Emmanuel Kant ( 1724 – 1804 ) opõe-se ao determinismo dos empiristas classificando as variáveis motivacionais em “ emoção “ e “vontade” e , coerentemente, afirma que a psicologia jamais chegaria a ser ciência. Sigmund Freud ( 1856 – 1939 ), o famoso criador da psicanálise, também foi profundamente influenciado pela teoria darwiniana. Sua doutrina é determinista. Watson considerava que o comportamento era baseado em cadeias de estímulos e respostas a esses estímulos. As ideias de Kurt Lewin ( 1890 – 1947 ) influenciaram alguns teóricos da motivação. Henry A. Murray ( 1938 ), propôs uma complexa classificação das necessidades. Outras necessidades postuladas por Murray e que têm sido objeto de interessantes estudos são a necessidade de afiliação (n A) e de poder ( n P). Murray também desenvolveu o teste de Apercepção Temática (TAT), instrumento projetivo de verificação da presença e nível de intensidade de uma motivo de um indivíduo.
1.2 Modelos Teóricos Atuais de Motivação
Um estudo que procurou estabelecer uma classificação para os modelos teóricos atuais da motivação é o de McClelland, Atkinson,