Motivação
Autores: A. Lieury / F. Fenouillet
Capitulo II
Motivação extrínseca e motivação intrínseca
Pode se aprender sem motivação?
Tolman julgava isso possível segundo a famosa experiência da aprendizagem latente. Essa experiência consiste em comparar a aprendizagem de três grupos de ratos em um labririnto. Um sempre reforçado com alimento no final, outro nunca e o outro apenas no décimo primeiro dia. Constata-se que o grupo reforçado a partir do décimo primeiro dia passa a ser tão bom dois de dias a três dias quanto o que foi reforçado diariamente.
Em outros termos, a memoria registra informações, mas a ausência e reforço impede a seleção das informações úteis.
Necessidade de curiosidade
A necessidade de curiosidade foi evidenciada, principalmente, nos macacos. Numa jaula fechada, cada macaco deve aprender a diferenciar uma carta azul de uma carta amarela e quando seleciona a correta a recompensa é a abertura de uma janela com vista. Segundo Freud a necessidade é provocada por uma ruptura do metabolismo que cria uma carência, a necessidade. O organismo desenvolve, então, comportamentos de busca visando compensar a carência e quando consegue, e a saciedade.
A motivação cognitiva, ou necessidade de curiosidade está de acordo com as descobertas dos neurofisiologistas da época, que derrubaram os postulados behavioristas sobre o papel provocador do estimulo nas experiências de privação sensorial.
Motivação intrínseca e motivação extrínseca
As experiências de Harlow trazem uma distinção essencial entre duas categorias de motivações, as extrínsecas, regidas pelos reforços (lei de Hull), e as intrínsecas (curiosidade, manipulação...), cujo único fim é o interesse pela atividade em sim.
Se quiser desmotivar... Vigie!!!
Conhecendo o fenômeno, é evidente o grande interesse do pedagogo em saber fazer diminuir a motivação intrínseca. Na experiência original de Deci, é a recompensa monetária. Na experiência da fita