Motivação
O desenvolvimento das organizações acentuou-se nos séculos mais recentes como resultado de dois processos básicos: mudanças sociais significativas que levaram ao acentuar do individualismo com libertação dos indivíduos das estruturas sociais e libertação de recursos que passaram a ser postos ao serviço de objectivos especializados (Alves, 2004:121).
Teixeira (1998:21) apresenta três razões para explicar a existência de organizações: razões sociais, visto que as pessoas se organizam pela necessidade de relacionamento com os outros; razões materiais, porque as actividades desenvolvidas pelas organizações conduzem ao aumento da eficiência, à redução do tempo necessário ao alcance dos objectivos e à acumulação de conhecimentos; e razões ligadas ao efeito de sinergia pelo resultado multiplicador da actividade dos seus membros.As organizações são, por isso, agrupamentos humanos intencionalmente construídos para atingirem objectivos específicos, se bem que nunca se configurem como unidades prontas e acabadas, mas antes como organismos sociais vivos e sujeitos a mudanças. São, portanto, sistemas orientados para actividades ou tecnologias para produzir: transformar ou processar matérias, informações ou pessoas (Alves, 2004:7). Nesta concepção, as organizações são fundamentalmente sistemas sociais dependentes das trocas com os seus ambientes.O quadro conceptual em que evoluíram as teorias das organizações foi-se tornando complexo ao longo do século XX, passando das abordagens clássicas à Escola das Relações Humanas. A partir da década de 50 a Teoria Geral de Sistemas adianta novo contributo ao conceito de organização pela afirmação dos sistemas abertos. O modelo de Katz e Kahn apresenta nova evolução conceptual ao estabelecer que as trocas da organização com o meio, assumindo-se estas como transacções de energia em sistema aberto, constituíam uma condição básica da sua própria sobrevivência (Firmino, 2002:21). Nos anos 60 as teorias contingenciais