Morte

1287 palavras 6 páginas
A morte como enigma

Por que o título do capítulo é ''Aprender a morrer... '‘? Parece contra censos dizer que a morte, essa desconhecida, pode ser objeto de aprendizagem. No entanto, é assim que Sócrates se refere ao filósofo, cuja única ocupação consistiria em preparar-se para morrer. Na mesma linha, Michel de Montaigne (1533-1592) cita o filósofo e orador romano: ''Diz Cícero que filosofar não é outra coisa senão se preparar para a morte.
Evidentemente, não se trata de estar sempre pensando na morte de maneira mórbida, mas sim que, diante da sua inevitabilidade, possamos aceitá-la com serenidade, revendo os valores e a maneira pela qual vivemos, distinguindo o fútil do prioritário.

Há pessoas que só reavaliam sua maneira de viver em situações-limite, como doença grave, sequestro ou uma ameaça qualquer que revele de modo contundente a fragilidade da vida. Outros preferem não pensar na morte porque a veem como aniquilamento, ao admitir que nada existe depois dela.
Como passagem para outra vida, como aniquilamento ou de acordo com inúmeras outras interpretações possíveis, a morte é um enigma que nos assombra desde sempre.
Com o amparo da fé, a morte representa a passagem para a vida eterna no Paraíso, para um outro tipo de vida humana ou animal, ou para o NIRVANA. Os filósofos e a morte

Em todo o tempo, portanto, a morte nos aparece como um enigma. Admiti-la como um acontecimento inevitável pode nos levar à reflexão ética sobre ''como devemos viver''. Vejamos como a pensaram alguns Filósofos.
Sócrates e Platão
Como Sócrates preparou-se para a morte? Rejeitando os excessos do comer, do beber e do sexo, sem se deslumbrar com riqueza e honras e buscando sempre a sabedoria. Sabemos que Sócrates nada escreveu e que, portanto é Platão que fala pela boca do mestre.

Epicuro: não temer a morte

Para Epicuro (341-270 a.C.), a morte nada significa

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