Morte e processo de morte
Um século atrás, quase todas as pessoas que sofriam lesões traumáticas ou contraíam infecções graves morriam logo em seguida. Aquelas que apresentavam uma cardiopatia ou câncer apresentavam uma pequena expectativa de uma vida longa após a doença ter sido diagnosticada. A morte era uma experiência familiar e quase todas as pessoas esperavam pouco mais do que um tratamento de apoio por parte de seus médicos. Hoje, em muitas partes do mundo, é comum a morte ser considerada um evento que pode ser retardado indefinidamente e não uma parte intrínseca da vida.
As principais causas de morte entre as pessoas com mais de 65 anos são as doenças cardíacas, o câncer, o acidente vascular cerebral, a doença pulmonar obstrutiva crônica, as pneumonias e a demência. Os procedimentos médicos geralmente prolongam a vida dos portadores dessas doenças, possibilitando-lhes muitos anos mais, nos quais a qualidade de vida e as funções vitais são bem satisfatórias. Outras vezes, os procedimentos prolongam a vida, mas com declínio das funções e da qualidade de vida.
Muitas vezes, a morte parece inesperada, mesmo quando a família tem consciência que a pessoa falecida apresentava uma doença grave. Dizer que uma pessoa está morrendo significa que existe uma expectativa de que ela venha a falecer em horas ou dias. Além disso, frequentemente diz-se que pessoas muito idosas e frágeis ou portadoras de uma doença fatal, como a AIDS, estão morrendo. A maioria das pessoas com doenças crônicas – como as cardiopatias, certos tipos de câncer, o enfisema, a insuficiência hepática ou renal, a doença de Alzheimer e outras demências – vive durante anos, embora apresentem limitações no que diz respeito à atividade física.
PREVISÃO DA MORTE
Deve ser fornecido às pessoas gravemente enfermas e às suas famílias as informações mais completas disponíveis e o prognóstico mais realista possível. Frequentemente, as escolhas possíveis ficam entre morrer mais cedo, mas com conforto, e