Morte do leviatã e do pensamento político moderno
Teses para uma teoria crítica do Estado. Segunda parte
Nota prévia * 23 Por que não constitui o anarquismo qualquer alternativa. A crítica não-conceptual do Estado de Bakunin & Cª. * 24 A discussão conceptualmente confusa com os bakuninistas * 25 A luta pelas necessidades vitais no capitalismo e a constituição automática da política * 26 A "ditadura do proletariado" e o deficit da teoria do Estado * 27 O trauma da Comuna de Paris e a sua lenda * 28 O problema da síntese social como "caixa negra" da ideologia cooperativista * 29 Subjectivação e individualização metodológicas da forma da vontade transcendental * 30 A ditadura de crise do Leviatã ou o estado de excepção como pressuposto e consequência da "vontade geral" * 31 A política como definição do inimigo existencial * 32 Estado de excepção e capacidade política * 33 Executores e executados do estado de excepção * 34 Catástrofe humanitária, pragmatismo de emergência consciente e ideologia de salvação da democracia de esquerda * 35 A miséria do positivismo jurídico * 36 A crença positiva da social-democracia no Estado e as suas metamorfoses
Nota prévia Na nova crise económica mundial longe de estar dominada o Estado mostra-se novamente um actor económico central. Prova-se que a doutrina neoliberal sempre tinha um núcleo estatista. A estatalidade constitui um momento objectivo da socialização negativa através do capital. E, tal como nas próprias categorias económicas, também na administração estatista da crise os irmãos inimigos keynesianismo e neoliberalismo se revelam como membros da mesma família. Assim, para uma reformulação da crítica da economia política pela crítica da dissociação e do valor, torna-se uma tarefa de primeira ordem a teoria do Estado, em Marx em grande parte ausente e legada apenas em fragmentos. A questão económica fundamental consiste em saber se a valorização do capital é pressuposta indisponível para o Estado ou se ela apenas em “condições normais”