Thomas Hobbes
O Leviatã é considerado uma das obras primas do pensamento político inglês e define o pensamento político moderno, desde o século XVII até os princípios do século XX. Hobbes, no Leviatã, começa a fazer perguntas que definam as condições de seus tratados, e de suas posições, a primeira pergunta de Hobbes faz referência à justiça natural, da qual segundo ele foi o que tornou seu principal fundamento para uma reflexão mais apurada, o que significava dar a cada um aquilo que é seu. Disto vem a preposição que um homem tem o que é seu, ao invés de ter o que é do outro. Daí Hobbes que conclui que essa idéia não se devia a natureza, mas ao consentimento. Outra pergunta que levanta é, se tudo é igual a todos em comuns, se os bonés forem comuns a todos, por exemplo, haverá controvérsias, principalmente no que diz respeito a quem desfruta de tais bens. O poder para Hobbes é definido em dois propósitos, um de aparência natural e outro de natureza instrumental, o primeiro diz respeito às faculdades do corpo e do espírito, como força, eloqüência, beleza, prudência, capacidade, liberdade.
Hobbes quis fundar a sua filosofia política sobre uma construção racional da sociedade, que permitisse explicar o poder absoluto dos soberanos. Mas as suas teses, publicadas ao longo dos anos, e apresentadas na sua forma definitiva noLeviatã, de 1651, não foram bem aceites, nem por aqueles que, com Jaime I, o primeiro rei Stuart de Inglaterra, defendiam que «o que diz respeito ao mistério do poder real não devia ser debatido», nem pelo clero anglicano, que já em 1606 tinha condenado aqueles que defendiam «que os homens erravam pelas florestas e nos campos até