Moradia nas cidades brasileiras
A QUESTÃO DA MORADIA
A autora Arlete Moysés Rodrigues através do livro Moradia nas Cidades Brasileiras apresenta um grande problema das grandes cidades, a questão da moradia, estima-se que no Brasil o déficit de casas seja de 10 milhões de unidades, o que demonstra a carência de moradias. A autora aborda a questão da segregação sócio-espacial (de um lado as mansões do outro as favelas e cortiços), além dos grandes terrenos vazios (destinados a especulação imobiliária) e o que o Estado tem feito para resolver o problema (como a criação de várias linhas de créditos).
Para Rodrigues (1990) todo cidadão tem direito a moradia, o seu salário deveria ser suficiente para lhe garantir uma casa, porém isso dificilmente ocorre, pois o seu baixo salário o empurra para locais distantes do centro urbano. Geralmente a população pobre somente tem acesso a áreas distantes devido a baixa valorização da terra e da localidade. Já as melhores áreas são reservadas para a especulação imobiliária formando vazios extensos. As incorporações adquirem vários lotes na mesma área, mas vende-se apenas algum, geralmente o pior localizado, em seguida e gradativamente a medida que os demais são ocupados, vende-se os outros, esses lotes são escolhidos estrategicamente localizados para instalação do comércio.
Em relação a moradia é principalmente através da autoconstrução que a maioria da população trabalhadora resolve seus problemas de moradia. Após a compra do terreno, o trabalhador inicia a construção de sua casa, através de um processo longo e cansativo, baseado na cooperação entre amigos, vizinhos ou apenas a família. A construção é realizada nos fins de semanas e em parte das férias, o ritmo da construção depende do tempo livre, do dinheiro disponível para a compra de material de construção da contratação eventual de trabalhador especializado para