Monteiro lobato e movimentos artísticos
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE MOVIMENTO ARTÍSTICO LITERÁRIO
Lobato, modernista
A obra citada por Wilson Martins é mesmo o início literário do pensamento já modernista de Monteiro Lobato. Das suas observações como fazendeiro, Lobato aprendeu sobre a vida do caboclo brasileiro e forjou o termo "jeca" para criar um dos maiores representantes de nossa cultura multifacetada. O jeca aparece como natural do interior do Brasil, mas tem sua sabedoria ampliada por essa abstração denominada "cultura nacional": é o embrião da antropofagia modernista que se vislumbra nesse personagem também sem caráter, já que é uma mistura de várias personalidades brasileiras. O regionalismo não é mais respeitado, os limites do herói nacional ultrapassam os regionalismos fictícios criados por autores que desconhecem seus personagens.
Seu nacionalismo sempre o manteve conectado aos que se interessavam pela questão cultural brasileira. Ainda em sua fazenda, Lobato enumerava admirações por alguns autores que mais tarde se consagrariam na famosa Semana de Arte Moderna. E, mais tarde, publicaria vários desses autores em sua revista. Se um equívoco o separou do movimento modernista, esse mesmo equívoco o deixou livre para contestar o que lhe parecia errado no movimento.
Nacionalismo e cosmopolitismo
Se existe uma crítica adequada ao modernismo de Monteiro Lobato, veio de Oswald de Andrade durante o conturbado período da Segunda Guerra Mundial. Se o mundo passava por uma transformação em sua ordem, o Brasil passava pela ameaça do Estado Novo e sua ditadura também artística: o Estado como mecenas detinha o poder financeiro nas mãos numa época em que a economia era carcomida pela guerra.
Monteiro Lobato não parecia apreciar o contentamento nacional em relação aos aliados, ou melhor, em relação ao modo como o Brasil se submeteu às forças aliadas. Ainda usando seu personagem Jeca Tatu, Lobato fez oposição à maneira com que os aliados tratavam nossos soldados: "dão-lhe armas, mas