Monstesquieu - rousseau
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Montesquieu
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Rousseau
1. Ao contrário dos contratualistas ingleses, que pensavam na natureza humana como egoísta e imutável em sua essência, Rousseau acreditava que essa natureza era boa inicialmente e mutável. Ele fundamenta sua teoria através da comparação com as fases da vida de um ser humano: infância, juventude e decrepitude.
Na infância os seres humanos seriam inocentes, livres, vivendo isolados e não tinham desenvolvido ainda a razão, o que os tornava parecidos com os animais. O que os diferencia dos outros seres é a sua capacidade de adaptação. Rousseau critica em especial Hobbes, que postulava que o homem primitivo busca fama e glória no Estado de natureza. Para Rousseau, o único sentimento que o homem possui nessa fase é a autopreservação, isto é, o amor pela vida, e por isso ele seria inicialmente bom.
Na juventude, o ser humano apresenta também o amor próprio, que tem um viés competitivo e acabará por desencadear outras paixões, como a inveja e a vingança, que não são originários do Estado de natureza. Ele diferenciava de Hobbes e se aproximava de Locke ao pensar que o Estado de guerra é gerado pela sobreposição das paixões à razão no momento de decisões e pela ausência de um juiz imparcial.
Para Rousseau a instituição da sociedade civil, embora não seja necessária, ocorre devido ao surgimento da propriedade privada. Essa inovação é um mal que contribui para a degradação da natureza humana, ao retirar o homem do seu estágio de bom selvagem. Ele se distancia de Locke ao refutar a existência de um direito natural à propriedade, pois acredita que os mais fortes obterão mais terras do que os outros, promovendo a desigualdade. Essa transformação ocorre na fase da decrepitude e a partir desse estágio não poderá mais voltar à sua condição inicial. Com o surgimento de conflitos que geram caos, os mais ricos irão propor um pacto ao restante dos homens, utilizando