monoteismo
BACHARELADO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES
Docente: Profa. Dra. Suelma Moraes
Discente:
Disciplina: DEBRAY, Régis. Deus, um itinerário. São Paulo. Companhia das Letras. 2004
Capítulo 6- O Uno para todos
O Cristianismo primitivo surgiu e se tornou religião do Estado, saindo da influência judaica para criar a sua própria história, mas só tendo uma estabilidade a partir do século V. A imposição da figura de Jesus, o homem foi substituída pela do Cristo, o ressuscitado, pois sua figura messiânica se tornaria mais adequada para a propagação da palavra, sendo seus ícones convertidos em formas mais simples para que fosse reconhecido, além do que as lacunas que porventura existissem seriam preenchidas por seus discípulos com o passar dos tempos. Isso foi possível primeiramente por Paulo de Tarso, que redesenhou a figura de Jesus para a sua melhor conveniência. No Atos dos apóstolos, onde são mostradas as origens e desenvolvimento do cristianismo primitivo, verifica-se a preocupação de se tornar o texto reto para o entendimento de todos com a modificação de uma pequena família de cristãos no começo, para transformar-se no povo de Deus. Essa mudança foi possível com a modificação da forma de transmissão, onde o complexo foi simplificado e as hesitações suprimidas de forma que as dissidências procuraram ser reunidas entre as vária seitas cristãs da época. Não há como colocar o fato e a fé em uma mesma lei, pois as duas têm a sua própria maneira de conjugar as suas formas de entendimento de entender o e expor Jesus, já que a fé não depende de fontes para se mostrar real e essas várias verdades convivem independentes, onde não se anulam os seus precedentes. O texto cristão na verdade consiste de um conjunto de tradições globalizadas que foram simplificadas para serem divulgadas para todos os povos gentios. Essa universalidade de Deus é que tornou a sua aceitação por ricos, pobres e de várias nações, abolindo as discriminações