Monoteísmo Hebreu
Depois de ter declarado Aton o único e verdadeiro Deus a ser adorado nas Duas Terras do Egito, e proibido qualquer menção ou adoração a outros deuses em todo o país, o faraó Akhenaton retirou dos Irmãos de Heliópolis todos os seus privilégios, confiscando-lhes terras e bens, declarando fora da lei seus ritos e cerimônias; e colocando-os sobre a sujeição de Moisés, ele atraiu o ódio dos membros daquela poderosa Fraternidade. Os sacerdotes não aceitaram Moisés como seu superior e logo conclamaram aos principais chefes dos estados egípcios que reunissem os seus exércitos e fizessem guerra contra Akhenaton, a quem chamavam de herege e cultor de deuses estrangeiros, pois o deus de Moisés era o deus de Israel, e Aton, o deus que ele adotara, era o mesmo deus dos hebreus. Dizendo ao povo egípcio que se o Deus de Israel reinasse sobre os corações e mentes do povo do Egito, logo os filhos de Israel estariam dominando o país, pois eram grandes em número e muito fortes em corpo e espírito. Assim era, pois muitas pessoas influentes no Egito pertenciam ao povo de Israel. Com isso, os sacerdotes colocaram grande parte do país em revolta contra aquele faraó. E naqueles dias houve uma grande guerra por toda a terra do Egito. Ela durou mais de dez anos, e muitos foram os que morreram porque o povo se dividiu; e em todas as cidades, as pessoas lutavam com fúria e coragem pelos deuses que adoravam, pois os homens combatem com mais ardor pelas coisas em que acreditam do que por suas famílias ou bens. Perdida a guerra, porque foram muitos os que se levantaram contra aquele faraó e seu vizir Moisés, (ou Osarseth) logo foi morto aquele Akhenaton e no seu lugar subiu ao trono seu filho Tut-Ank-Amon, um menino de dez anos de idade, cujo governo procurou restabelecer a paz no país revivendo a religião nacional de muitos deuses. Mas ele não conseguiu fazer as pazes com os Irmãos de Heliópolis, e estes, (porque Tut-Ank-Amon se recusou a perseguir e