Monografia
A Jornada do Herói Mitológico por Luiz Eduardo Ricón
M
uitos consideram que um dos mais importantes livros do século XX foi
“O Herói de Mil Faces”, de Joseph
Campbell. Paralelamente às teorias de Carl Jung sobre os arquétipos e o inconsciente coletivo, Campbell trabalha a noção de que as histórias (todas elas) estão ligadas por um fio condutor comum. Assim, desde os mitos antigos, passando pelas fábulas e os contos de fadas até os mais recentes estouros de bilheteria do cinema americano, a humanidade vem contando e recontando sempre as mesmas histórias.
Esta “história oculta” dentro de outras histórias é chamada por Campbell de “A Jornada do Herói Mitológico”, e tem servido de base e orientação para profissionais que estudam e se dedicam às diversas formas do
“storytelling” (o contar histórias), desde psicólogos, escritores e contadores de histórias, dramaturgos, roteiristas e críticos de cinema e até mesmo entre autores e mestres de RPG.
Segundo Campbell, seria possível estruturar qualquer história a partir do roteiro básico da “Jornada do Herói”, e vice-versa, ou seja, é possível “desmontar” as histórias, identificando nelas os passos que constituem a “Jornada”.
Partindo dos conceitos de Campbell, Chistopher
Vogler estruturou um esquema semelhante à “jornada do herói”, só que mais adequado às narrativas contemporâneas (cinema, TV etc.). Em seu livro “A Jornada do
Escritor”, ele indica os seguintes passos para a criação de uma história que siga a estrutura da “jornada” de
Campbell:
ROTEIRO DE CHRISTOPHER VOGLER
(a partir de Joseph Campbell):
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II Simpósio RPG & Educação
Observações:
• O esquema acima pode e deve ser alterado para cada história. Os mapas devem servir à necessidade da história e não o contrário. Eles são extremamente flexíveis.
• Apesar das muitas variações possíveis da “jornada do herói”, no fundo, no fundo podemos concebêla como uma única jornada
“ Um herói sai de seu