Monografia: tipos de governos eclesiásticos.
No início da igreja o que vemos é cause um modelo anárquico, ainda que o termo seja anacrônico. Há uma liderança, mas a igreja não orbita entorno de uma pessoa ou grupo, ainda que os problemas sejam levados até os apóstolos, estes agem em cooperação com os demais membros da comunidade, como no caso do surgimento aquilo que seria mais tarde chamado de diaconato em algumas denominações. Há também o caso do primeiro concílio em Jerusalém, foi o apóstolo Tiago, irmão do Senhor, que acabou por dar uma palavra de consenso. Mesmo que Tiago fosse considerado uma das colunas da igreja conforme Gálatas 2.9 creio que não podemos dizer que aquela decisão foi episcopal ou congregacional ou ainda presbiteriana, pois tanto um como outro grupo, por assim dizer estavam ali presentes.
Mesmo assim a forma episcopal de governo eclesiástico é normalmente considerada a mais antiga. Os que apoiam esta forma de constituição eclesiástica acreditam que Cristo, como Cabeça da Igreja, tenha confiado o controle de sua Igreja na Terra a uma ordem de oficiais chamados bispos, que seriam sucessores dos apóstolos. No século II, Inácio de Antioquia, um bispo, ofereceu base para a sucessão apostólica ao escrever:
"Porque Jesus Cristo - aquela vida da qual não poderemos ser separados à força - é a mente do Pai, assim como também os bispos, nomeados em todas as partes do mundo, refletem a mente de Jesus Cristo". Em sua carta, Inácio atribui crédito a outros oficiais eclesiásticos, inclusive presbitérios e diáconos, e observa que, "sem eles, não se pode ter uma igreja". Enfatizava, no entanto, que somente o bispo "desempenha o papel de Pai” [1].
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