Monique
O livro “Urupês” de Monteiro Lobato, foi publicado no ano de 1918. Este livro é basicamente uma série de 14 contos tendo como destaque a vida cotidiana e mundana do caboclo, através de costumes, crenças e tradições. Monteiro Lobato reuniu na obra alguns contos que a experiência de fazendeiro do Vale de Paraíba lhe proporcionou. Sendo Urupês, a obra de estreia de Monteiro Lobato.
Como Urupês é uma serie de contos, não contem apenas uma história, mas vários contos e um artigo, quase todos passados na pequena cidade de Itaoca, interior de São Paulo. Com várias histórias, geralmente com um final trágico ou com algum elemento cômico. No último conto, Urupês, mostra a figura de Jeca Tatu, o caboclo típico e preguiçoso, no seu comportamento típico. As histórias contam de pessoas típicas da região, suas aventuras, com seu linguajar e costumes.
Para melhor compreensão da obra, o próprio escritor nos dá pistas ao citar, em um de seus contos, Meu Conto De Maupassant. E de fato, sua literatura vai pela mesma linha do literato francês, já que é baseado em ações extremas e patéticas, norteadas pelo amor e pela morte.
O escritor tem um modo um tanto quanto exagerado em sua linguagem. Além dos traços expressionistas, usados nas descrições das personagens, Monteiro Lobato utiliza bastante ironia, o que mostra uma emotividade extremamente carregada, fruto de uma mistura de indignação, impaciência, e até intolerância, ao perceber os problemas brasileiros e como eles são provocados.
A linguagem de Monteiro Lobato ainda inspira alguns comentários interessantes. É fácil notar como antecipa o Modernismo, já que não apresenta a elaboração rebuscada e tão vigente da época – Visto que, Lobato criticou ferozmente a moda parnasianista, de elaboração preciossista e purista linguagem. Suas ideias combativas aparecem em trechos que podem ser entendidos como pequenas digressões dentro das narrativas de diversos contos desta obra. – Era defensor de um estilo mais